A responsabilidade dos acidentes é 90% dos automobilistas
As estatísticas indicam que cinco por cento dos acidentes de viação são causados pelo meio, como sejam: estado da estrada e clima; cinco por cento pelo estado do veículo e 90 por cento por irresponsabilidade do condutor.
A maioria é causada por distracção ou regras que os automobilistas conhecem mas as ignoram, revelam estudos internacionais.
Numa altura em que a velocidade excessiva é apontada como uma das principais causas dos acidentes, o “O País” saiu à rua para testar o conhecimento dos automobilistas. Questionados sobre quantos metros precisariam para parar um veículo numa velocidade de 60 km/h, parte considerável dos automobilistas considerou serem necessários entre 3 e 30 metros.
Os manuais de condução explicam que a uma velocidade de 60 quilómetros por hora, o processo de imobilização do carro é composto pelo tempo e espaço de reacção e de travagem. Ou seja, o condutor levará um segundo para reagir, que consiste em tirar o pé do acelerador e iniciar a travagem: nisso terá percorrido 15,5 metros. O restante tempo será de travagem, que a essa velocidade acontece no mínimo num espaço de 17 metros, sendo no total necessários mais ou menos 35 metros para travar.
Estas e outras técnicas de prevenção são leccionadas pela condução defensiva, que segundo especialistas podem reduzir até 90 por cento o risco de acidentes de viação.
“Há três factores a observar durante a condução, nomeadamente criar espaço a nossa volta em relação a outros utentes da via, saber explorar o mais longe possível de onde estamos, para sabermos detectar os perigos que podem existir e tempo para tomarmos as decisões mais correctas durante a condução”, explica Cassamo Lalá, instructor de condução defensiva e director da Escola de Condução Internacional.
Lalá explica que as razões mais comuns dos acidentes têm sido espaço insuficiente, falta de atenção dos condutores, deficiências na formação e veículos em mau estado de circulação.
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