Novo tipo de gasóleo será vendido a partir do próximo ano

Num comunicado enviado a jornalistas, a instituição pública adianta que o gasóleo, que será vendido a partir do próximo ano, terá menor enxofre que o actual. Em termos técnicos, o ministério diz que o actual combustível é de 500ppm (parte por milhão) e o novo terá 50ppm e será “mais ecológico e sustentável”.
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia vai explicar, hoje, a jornalista, com mais detalhes, os contornos da mudança. Mas no documento enviado, a instituição diz que pretende reduzir os riscos de saúde devido à poluição ambiental.
Recentemente, o director nacional dos combustíveis e hidrocarbonetos alertou que o enxofre libertado, actualmente, durante o funcionamento dos veículos, sobretudo a gasóleo, causa problemas respiratórios, cardiovasculares e outras doenças. Apesar de Moçambique reduzir a quantidade de enxofre no combustível de 500 ppm para 50 ppm, ainda estará longe dos 10 ppm recomendáveis a nível internacional.
O país acolheu, em Novembro, um encontro que juntou países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para discutir a migração para combustíveis mais limpos, inserido no programa das Nações Unidas para o ambiente.
Experiências de outros países mostram que a introdução destes combustíveis satisfaz as necessidades dos veículos adaptados para utilização de combustíveis de baixo teor de enxofre. Porém, os veículos não adaptados para o consumo de gasóleo com baixo teor de enxofre poderão abastecer este combustível sem qualquer impacto no desempenho do seu veículo. Mas a utilização de combustível com pouco enxofre em veículos não preparados para o seu consumo não irá gerar efeitos ao nível da redução da poluição ambiental, lê-se numa publicação electrónica da Fórum Autohoje.
Lembre-se que no primeiro dia de Outubro deste ano, o Governo decidiu aumentar o preço dos combustíveis e o gasóleo passou a custar nove meticais mais caro, tendo passado de 36.81 meticais para 45.83 o litro. O Ministério dos Recursos Minerais e Energia justificou o agravamento com o aumento dos custos de importação. Mas ainda não se sabe se o uso de combustível mais saudável vai agravar mais o preço.
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